sábado, 1 de setembro de 2012

DICAS SOBRE NARRAÇÃO, DESCRIÇÃO, BIOGRAFIA E AUTOBIOGRAFIA


I- NARRAÇÃO: Narrar é contar um fato, um episódio; todo discurso em que algo é CONTADO possui os seguintes elementos,
que fatalmente surgem conforme um fato vai sendo narrado:
                                     onde ?
                                        |
         quando?  ---      FATO    --- com quem?                                       
                                    como?                                     
 A representação acima quer dizer que, todas as vezes que uma história é contada (é NARRADA), o narrador acaba sempre contando onde, quando, como e com quem ocorreu o episódio.  É por isso que numa narração predomina a AÇÃO: o texto narrativo é um conjunto de ações; assim sendo, maioria dos VERBOS que compõem esse tipo de texto são os VERBOS DE AÇÃO. O conjunto de ações que compõem o texto narrativo, ou seja, a história que é contada nesse tipo de texto, recebe o nome de ENREDO. As ações contidas no texto narrativo são praticadas pelas PERSONAGENS, que são justamente as pessoas envolvidas no episódio que está sendo contado ("com quem?" do quadro acima). As personagens são identificadas (=nomeadas) no texto narrativo pelos SUBSTANTIVOS PRÓPRIOS. Quando o narrador conta um episódio, às vezes                                         ( mesmo sem querer) ele acaba contando "onde" (=em que lugar)  as ações do enredo foram realizadas pelas personagens. O lugar onde ocorre uma ação ou ações  é chamado de ESPAÇO, representado no texto pelos ADVÉRBIOS DE LUGAR. Além de contar onde, o narrador também pode esclarecer "quando" ocorreram as ações da história. Esse elemento da narrativa é o TEMPO, representado no texto narrativo através dos tempos verbais, mas principalmente pelos ADVÉRBIOS DE TEMPO.  É o tempo que ordena as ações no texto narrativo: é ele que indica ao leitor "como" o fato narrado aconteceu. A história contada, por isso, passa por uma INTRODUÇÃO (parte inicial da história, também chamada de prólogo), pelo DESENVOLVIMENTO do enredo (é a história propriamente dita, o meio, o "miolo" da narrativa, também chamada de trama) e termina com a CONCLUSÃO da história (é o final ou epílogo). Aquele que conta a história é o NARRADOR,  que pode ser PESSOAL (narra em 1a pessoa : EU...) ou IMPESSOAL (narra em 3a. pessoa: ELE...). Assim, o texto narrativo é sempre estruturado por verbos de ação, por advérbios de tempo, por advérbios de lugar e pelos substantivos que nomeiam as personagens, que são os agentes do texto, ou seja, aquelas pessoas que fazem as ações expressas pelos verbos, formando uma rede: a própria história contada.                                                                                                                 
II – DESCRIÇÃO: Descrever é CARACTERIZAR alguém, alguma coisa ou algum lugar através de características que particularizem o caracterizado em relação aos outros seres da sua espécie. Descrever, portanto, é também particularizar um ser. É "fotografar" com palavras.  No texto descritivo, por isso, os tipos de verbos mais adequados (mais comuns) são os VERBOS DE LIGAÇÃO (SER, ESTAR, PERMANECER, FICAR, CONTINUAR, TER, PARECER, etc.), pois esses tipos de verbos ligam as características - representadas linguisticamente pelos ADJETIVOS - aos seres  caracterizados - representados pelos SUBSTANTIVOS.  
Ex. O pássaro é azul . 1-Caractarizado: pássaro / 2-Caracterizador ou característica: azul / O verbo que liga 1 com 2 : é Num texto descritivo podem ocorrer tanto caracterizações objetivas (físicas, concretas), quanto subjetivas (aquelas que dependem do ponto de vista de quem descreve e que se referem às características não-físicas do caracterizado). Ex.: Paulo está pálido (caracterização objetiva), mas lindo! (carcterização subjetiva)
BIOGRAFIA E AUTOBIOGRAFIA:   Na biografia, a seleção dos eventos a serem apresentados é definida pelos outros, por isso, a objetividade é mais evidente que na autobiografia, em que a pessoa escolhe o que vai escrever sobre ela mesma.  Outra característica tanto da biografia quanto da autobiografia é a veracidade dos fatos. Costumam ser narrativas não-ficcionais, ou seja, não são histórias "inventadas". O relato dos fatos no texto autobiográfico aparece freqüentemente pontuado de lembranças, de um colorido emocional, que não é mostrado em outros tipos de textos. Predomina a subjetividade. De um modo geral as biografias contam a vida de alguém depois de sua morte, mas na atualidade isso vem mudando. Em certos casos a biografia inclui aspectos da obra dos biografados.                                                                                                Autobiografia: A autobiografia é a biografia escrita pela pessoa de quem a biografia fala, Se biografia é a história da vida de alguém (já que bio é vida e grafia é texto, escrita), O prefixo auto quer dizer "a si mesmo", logo o termo se refere à história da própria vida.  A biografia é um gênero literário em que o autor narra a história da vida de uma pessoa ou de várias pessoas.
                              O grande homem da fé cristã                                                                                                                         Considerado símbolo de fé, amor e perseverança, Jesus Cristo pode ser tomado como um dos maiores revolucionários que o mundo já conheceu. Ele provou a uma sociedade hipócrita e primitiva que um homem não se faz de seus matérias, mas do seu valor moral.   Em sua tênue expressão facial, Jesus sempre tinha um belo sorrido resplandecente. Seu carisma e simplicidade atraíram para si diversos seguidores, bem como inimigos. Ele propôs uma nova filosofia de vida, baseada no amor ao próximo, o que constratou com as leis do povo judeu, as quais se baseavam no ódio aos inimigos.   A sua crescente popularidade foi notável, principalmente entre as camadas mais pobres daquela sociedade, que o viam como um messias e adotaram suas palavras como religião. Nascia aí o Cristianismo, que em princípio fora duramente reprimido pelo governo romano, o qual dominava, naquela época, a Palestina. Indo de encontro aos interesses de Roma, e atraindo para si cada vez mais seguidores, mesmo fora daquela região, Jesus Cristo findou sua vida por meio da mais extrema penalidade que poderia ser aplicada a um réu: a crucificação.  Adjetivar Jesus Cristo grandiosamente tornar-se-ia uma forte digressão, todavia deve-se por no devido relevo o grande legado deixado por ele pra as religiões cristãs. Por seus constantes exemplos de amor ao próximo, de humildade e simplicidade, Cristo pode ser tido como modelo de perfeição mortal entre os homens.                                                                                                          Diógenes D´Arce Cardoso Luna  
O que aprendi...   
Comecei o meu primeiro ano colegial em Alagoinhas – BA, num colégio de freira que hoje é colégio e faculdade. Nas primeiras aulas de história estudamos pré-história por meio de slides.
No segundo ano colegial estudamos história antiga, medieval e contemporânea. Foi muito gostoso no começo. Algumas experiências, nesse período, despertaram meu interesse por história: em alguns filmes que passavam na televisão, a história de meus avós, a seca dos anos de 1930, quando meus pais nasceram.
Quando cursei o terceiro ano, além de História antiga, medieval e contemporânea, passei a estudar História do Brasil. Fiquei muito feliz pois não sabia muito pouco a respeito.                                                                                                               
Monteiro Lobato  Escritor brasileiro           
Monteiro Lobato (1882-1948) foi um escritor brasileiro. "O Sitio do Picapau Amarelo" é uma de suas obras de maior destaque na literatura infantil. Foi um dos primeiros autores de literatura infantil em nosso país e em toda América Latina. Tornou-se editor, criando a "Editora Monteiro Lobato" e mais tarde a "Companhia Editora Nacional". Metade de suas obras é formada de literatura infantil. Monteiro Lobato (1882-1948) nasceu em Taubaté, São Paulo, no dia 18 de abril de 1882. Era filho de José Bento Marcondes Lobato e Olímpia Monteiro Lobato. Alfabetizado pela mãe, logo despertou o gosto pela leitura, lendo todos os livros infantis da biblioteca de seu avô o Visconde de Tremembé. Desde menino já mostrava seu temperamento irrequieto, escandalizou a sociedade quando se recusou fazer a primeira comunhão. Fez o curso secundário em Taubaté. Estudou no Instituto de Ciências e Letras de São Paulo(...).                                                                                                                                                                                             

 

                                                                                    






MIGNOT, 2003, p. 135 e 136).

Passos para a elaboração da (Auto)biografia

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A. Momento individual
+ Recordar algumas histórias interessantes de sua vida relacionados à educação;
+ Dar título às histórias que você lembrou;
+ A partir desse conjunto de histórias, criar um título para a (auto)biografia;
+ Escolher a história que você considera mais interessante e compartilhar em grupo.

B. Momento coletivo
+ Compartilhe sua história num pequeno grupo;
+ Depois de narradas todas as histórias, escolha com seu grupo a que mais chamou a atenção de todos e elaborem juntos uma apresentação criativa para a turma do primeiro semestre.

A partir desse momento queremos proporcionar a você uma noção sobre a produção da autobiografia, especilamente quando forem partilhadas das histórias da educação de vários integrantes do gurpo de alunos.

Recomendações para a elaboração da (Auto)biografia

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01. Procure, ao escrever a (auto)biografia, não se preocupar com uma narrativa cronológica. Exemplo: construir um relato que vai do nascimento aos dias atuais.

02. Apresente aquelas histórias que você pode narrar, sem se sentir exposto. Você não precisa dizer tudo a respeito de sua história. Aquilo que não achar conveniente narrar, omita.

03. Peça para outras pessoas participarem da escrita (auto)biográfica, dando depoimentos a respeito dessas histórias, caso elas tenham participado das mesmas. Estas pessoas também podem colaborar com fotografias e outros documentos históricos.

04. Enriqueça sua autobiografia com fotografias e outros documentos que possam ilustrar suas histórias.

05. Lembre-se que o foco da (Autobiografia) é a história da educação e que educação não se restringe ao que você vivenciou na escola. Considere, portanto, a educação formal e a educação informal.

06. Não deixe para escrever a (Auto)biografia na véspera da entrega deste trabalho. Comece a escrever agora, à medida que as recordações a respeito vierem à sua mente.

07. Procure apresentar ao educador responsável pela disciplina "História da Educação" ou amigos algumas das histórias já escritas para que eles possam dar sugestões.

08. Para facilitar a produção desse material, elabore um pequeno projeto (auto)biográfico. De certa forma você já começou a fazer isso quando sugerimos que registrasse algumas de suas recordações a respeito de sua história da educação.



No projeto (auto)biográfico você deverá:

+ Informar o título da (auto)biografia;

+ Relacionar os títulos das histórias que recordou e intitulou;

+ Descrever o método que irá utilizar para escrever a (auto)biografia, como: escreverá apenas a partir de suas recordações? Contará com a colaboração de amigos e familiares por meio de entrevistas e depoimentos? Utilizará fotografias, documentos diversos, músicas e poesias que marcaram suas histórias da educação?

+ Montar um pequeno cronograma relacionando as ações que precisam ser realizadas para a elaboração da autobiografia e estabelecer prazo para que cada uma seja desenvolvida;

+ Indicar referências bibliográficas, caso sejam utilizadas;

+ Reunir todas essas informações num projeto e entregá-las ao educador o quanto antes.
Exemplos de histórias (auto)biográficas em Educação
http://historiasdeducandos.blogspot.com/